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🔥 Fênix Rosa – Tecelã de Realidades e Guardiã das Histórias🌸

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Fênix Rosa
Contos, Versos, Sentimentos e Poesias… Tudo à Flor da Pele.
Textos

Corações Errantes

Capítulo Nove: A Batalha da Última Esperança

 

O céu se incendiava com os últimos vestígios do dia, tingido de um vermelho profundo como o sangue que agora marcava o solo de Valleria. O vento, carregado de fumaça e gritos distantes, soprava com violência sobre o campo de batalha, onde o destino do reino seria decidido.

 

Kael, de espada em punho, observava a cena ao seu redor. A batalha havia começado, mas ele não estava mais sozinho. As forças inimigas, movidas pela ambição de destruir Valleria, avançavam com uma força imbatível, como uma maré incontrolável. Mas, naquele campo aberto, o destino de tudo o que ele amava estava prestes a ser selado. Junto a ele, seus aliados lutavam, cada um movido por uma razão pessoal, mas agora unidos por um único propósito: salvar Valleria.

 

Evanna, com os olhos frios e fixos no horizonte, deslizava como uma sombra pelo campo. Suas lâminas cortavam o ar com a precisão mortal de uma aranha tecendo sua teia, cada movimento uma extensão de sua dor. Ela não lutava apenas contra os inimigos à sua frente; sua batalha era contra os fantasmas do passado que ainda a assombravam, as perdas que a tinham moldado. Cada golpe que ela desferia parecia ser uma resposta à dor que carregava em seu peito. A vingança não estava mais em seu coração, mas sim a necessidade de cumprir um destino que não podia mais ser evitado. A guerra a havia tirado tudo, mas agora ela lutava para que o que restasse fosse salvo.

 

Dorian, com seu sorriso enigmático e a frieza de um homem marcado pela solidão, movia-se com uma leveza que parecia desproporcional à gravidade da batalha. Ele jogava o jogo de sua vida, misturando espadas e palavras com uma astúcia que fazia os inimigos vacilarem. Não era mais o mestre da manipulação, mas alguém que havia entendido o peso da responsabilidade. Sua mente, sempre afiada, agora se voltava para um propósito maior que ele mesmo. Ele lutava não apenas pela sobrevivência, mas pela promessa silenciosa que havia feito a si mesmo: não mais viver na sombra de suas próprias mentiras.

 

Lucian, o cavaleiro perdido, agora encontrava a honra não nas glórias passadas, mas na batalha diante dele. Cada espada que cruzava sua linha de visão não era mais apenas uma ameaça, mas uma oportunidade de redenção. Ele não lutava só contra os inimigos, mas contra os próprios demônios que ainda o assombravam. Sua espada era mais do que um instrumento de guerra — era a chave para sua própria libertação. O peso de sua traição passava a ser não uma maldição, mas uma força que o empurrava para a frente. Cada movimento, uma tentativa de recuperar a honra que pensara ter perdido para sempre.

 

Kael e Lyria, no centro do campo de batalha, estavam unidos em um vínculo que transcendia o simples conceito de aliança. A dor que ambos carregavam agora se transformava em força, e, ao lado um do outro, eles se tornavam mais do que meros combatentes: eram o último bastião de resistência. Lyria, com a magia que fluía de suas mãos como um rio de energia pura, conjurava feitiços devastadores que varriam as fileiras inimigas. Mas cada feitiço que ela lançava consumia mais de si mesma, deixando-a mais fraca, mais marcada. Ela sabia o preço de cada encantamento, mas não havia outra escolha. Valleria, o reino que ela um dia amara, precisava de seu sacrifício.

 

Kael, com a espada ainda firme em suas mãos, liderava os guerreiros restantes. Sua determinação era inquebrantável, e, a cada movimento, ele trazia consigo a esperança de um futuro que parecia cada vez mais distante. Ele sabia que cada golpe, cada corte, poderia ser o último. Mas o que mais lhe pesava no coração era o sacrifício que ele havia exigido de Lyria. Enquanto ele lutava para salvar o reino, ela estava perdendo uma parte de si mesma. O poder que ela usava para curá-lo e protegê-lo estava a desgastando, e ele não sabia quanto mais ela poderia suportar.

 

A batalha se intensificava, os sons das espadas se misturando com os gritos de dor e as explosões de magia. O campo de batalha se tornava uma pintura de destruição, onde a esperança e a desolação se entrelaçavam. Mas, em meio a toda a devastação, havia uma força que os unia: o desejo de ver Valleria renascer das cinzas.

 

O preço da vitória estava sendo pago com sangue e sacrifício. Lyria, cada vez mais pálida e exausta, lançava um último feitiço, que parecia engolir o próprio ar ao seu redor. Quando o feitiço atingiu as linhas inimigas, uma explosão de luz brilhou, e os exércitos que avançavam vacilaram. Foi o momento decisivo. A linha de defesa finalmente se quebrou, e a resistência teve sua oportunidade de avançar.

 

Mas quando o feitiço se desfez, Lyria caiu, o rosto pálido e os olhos cerrados com o peso de sua própria exaustão. Kael correu até ela, seu coração acelerado, a dor da batalha preenchendo cada centímetro de seu ser. Ele sabia que ela havia feito o sacrifício final, e agora, a perda era irreversível.

 

 

Fênix Rosa
Enviado por Fênix Rosa em 25/03/2025
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